Amor pelo teu canto
Estamos acostumados em um mundo que foca na arquitetura e na decoração para casas amplas, objetos de designers de renome, móveis premiados. Que mostra salas amplas, um cômodo para cada função e uma lista interminável de objetos-desejo da estação. Acabam por esquecer de demonstrar que o bem estar dentro de um ambiente deve ser prioridade, em qualquer lugar do mundo, para qualquer cômodo, de qualquer tamanho.
Cores que agradam e que harmonizam com a função do local, objetos de caráter afetivo, boa e correta iluminação, funcionalidade e conforto, devem ser prioridade em todo lugar. Ambientes bem projetados otimizam a capacidade produtiva, proporcionam melhores noites de sono, momentos mais relaxantes ao lado da família, além de serem agradáveis de olhar e permanecer.
Alguns estudos indicam que passamos 90% de nossas vidas em locais fechados. Precisamos nos conscientizar da importância de termos ambientes para nos recarregarmos, e não apenas sermos sugados.
O arquiteto Isay Weinfeld escreveu sobre isso para a revista Vogue, em 2014:
"O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida. Luxo é ter em sua casa aquilo que te deixa feliz.
Luxo são os espaços que te levam a respirar profundamente, a se espantar, a pensar, estranhar, se emocionar…
Pode-se tentar ser feliz com o mínimo, abolir os excessos, mas se para você o mínimo deve ser o máximo, pois que fique com muito. Luxo é não ter regras.
Luxo não é ter móveis “Bombé”, “Délavé” ou “Flambe”, mas pode eventualmente ser. Luxo é não ter vergonha de dizer que gosta quando gosta ou não sei quando não sabe. Luxo não é uma coleção de etiquetas de grife, mas tampouco é a camiseta branca básica. Luxo é poder misturar essas coisas naturalmente.
É não dever nada a ninguém.
O travesseiro pode ser feito de pluma de ganso ou de crina de cavalo. Luxo é poder deitar a cabeça nele, tranquilamente.
Para alguns, luxo pode ser comprar um bilhete de primeira classe. Para mim, é devorar um quarteirão com queijo no aeroporto antes de embarcar em vez de comer a horrorosa comida que é servida.
Luxo é poder mudar seus planos a qualquer momento.
É ser independente, avulso, livre. É dizer não, é dizer sim, é dizer talvez, sempre que se queira.
É poder ficar mais um pouco, se tiver vontade.
Luxo é sentar à beira da lareira num fim de tarde de inverno, usando um surrado cashmere, um par de meias escocesas meio furadas, um pequeno copo de botequim cheio de pinga, um cocker spaniel ao seu lado e um CD interminável da Blossom Dearie. Isso pode ser no interior da Inglaterra, mas com o passar do tempo e a chegada da maturidade, a gente percebe que também pode ser no interior de São Paulo.
Esta percepção é que é um luxo."
Isay Weinfeld (Vogue | 2004)
Aqui, nós vamos te mostrar como aproveitar melhor os momentos dentro dos ambientes, te dar dicas de como utilizar o que você tem e de como ornar com peças novas.
Vamos juntos transformar o teu canto?



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